terça-feira, 17 de novembro de 2009

Copenhague


De 7 a 18 de dezembro, lideranças de todo o planeta estarão reunidos em Copenhague para fimar acordos mundiais sobre a grave ameaça das mudanças climáticas. É inquestionável que este problema já está em curso, com efeitos dramáticos e potencilamente catastróficos para todos nós.
Este acordo climático global que tem como principais metas:





  • Garantir que o aquecimento global ficará abaixo de 2ºC em relação à média histórica, estabelencendo metas e mecanismos para que, antes de 2020, comecem a decrescer as emissões globais de gases do efeito-estufa.
  • Reduzir as emissões dos países desenvolvidos em pelo menos 45% até 2020, frente aos níveis de 1990.
  • Estabelecer objetivos mensuráveis, verificáveis e reportáveis para redução substancial das emissões de países em desenvolvimento emergentes e em rápido crescimento econômico, viabilizados por medidas apropriadas a cada país.
  • Apresentar medidas concretas de mecanismos e compromisso de aportes financeiros, para apoiar países em desenvolvimento na estabilização e posterior redução de emissões, e na sua adaptação às mudanças climáticas.
  • Aprovar a criação de soluções e mecanismos de REDD (Reduções de Emissões Associadas ao Desmatamento e à Degradação Florestal), justos e aplicáveis a curto prazo.
  • Promover a sustentabilidade e dignidade do desenvolvimento humano e a integridade dos processos ecológicos, mediante a transformação da economia e o fortalecimento da democracia.

O Brasil tem papel fundamental nessa luta, já que é um líder das negociações internacionais, e já tem um compromisso real firmado que é a redução do desmatamento da Amazônia em 80%, até 2020, e é um esforço governamental grandioso e o desembolso de 100 bilhões de reais em dez anos. É também uma medida importante. Sozinha ela é capaz de reduzir em 20% das emissões brasileiras. E o Brasil figura em quarto lugar na lista dos maiores emissores de carbono justamente por conta do desmatamento. Daí o acerto da decisão já tomada.

Existem pelo menos sete propostas circulando, defendidas por diferentes ministérios, por segmentos da indústria, agronegócio e organizações da sociedade civil. São dois os principais contendores: o ministério do Meio Ambiente e o Itamaraty. O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, tem o apoio das ONGs para sua ideia de colocar logo na mesa de Copenhague metas claras. Números com os quais o país vai se comprometer. Basicamente defende uma redução de emissões de gases de efeito estufa de 40%, tomando como referência as emissões brasileiras em 2005. A contenção do desmatamento é só a metade disso. O restante viria de diversas outras ações envolvendo eficiência no uso de energia, novas técnicas agrícolas, substituição de fontes energéticas, por exemplo.

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